sábado, 5 de abril de 2008


História do incenso, breve resumo:


Egípcios: são, talvez, os mais antigos na arte da manufactura e do uso de incensos. O mais famoso incenso egípcio é o Kyphi (ou Khyphi), que era produzido dentro de um templo e sob ritual altamente secreto. Era um composto de efeito muito benéfico, e Plutarco definia-o como: "O incenso tem dezesseis (16) ingredientes, número que constitui o quadrado de um quadrado e tais ingredientes são coisas que, à noite, deliciam. Tem o poder de adormecer as pessoas, iluminar os sonhos e relaxar as tensões diárias, trazendo a calma e a quietude aqueles que o respiram." Um dos seus ingredientes é o popular olíbano, árvore considerada sagrada, e durante a poda ou a colheita da resina, os homens deviam abster-se de contacto sexual ou com a morte. Plutarco forneceu a lista dos 16 ingredientes usados na preparação desse incenso: mel, vinho, passas, junco doce, resina, mirra, olíbano, séseli, cálamo, betume, labaça, thryon, as duas espécies de arcouthelds, caramum e raiz de Íris.


Hindus: sempre foram apaixonados por aromas agradáveis e, a Índia (nos tempos antigos) sempre foi celebre pelos seus perfumes. A importação de incenso da Arábia foi uma das primeiras, mas outras materias aromáticas também eram usadas, como: benjoim, resinas, cânfora, sementes, raízes, flores secas e madeiras aromáticas. O sândalo era um dos itens mais populares da época. Esses materiais eram queimados em rituais públicos ou em casa.


Judeus: no Velho Testamento encontram-se várias referências ao seu uso entre os judeus. Geralmente os pesquisadores concordam que a queima do incenso só foi introduzida no ritual judaico em torno do século VII antes de Cristo. O primeiro incenso era composto de poucos ingredientes: estoraque, onicha, gálbano e olíbano puro, e sua preparação era semelhante aos dos sacerdotes egípcios.


Gregos: começou a ser difundido no século VIII a.C., vindo da Fenícia.


Budistas: começou a ser difundido por volta do século VII a.C.; e junto com os perfumes, constituía uma das sete oferendas sensoriais, que formam um dos sete estágios de adoração.


Romanos: muito utilizado na Festa do Pastor, junto com ramos de oliveira, louros e ervas, assim com da mirra e açafrão.


Cristãos: foram os que mais demoraram a adoptar o incenso nos seus ritos. Só após o século V, seu uso foi aumentando lentamente. Por volta do século XIV, tornou-se parte da Missa Solene e outros serviços.


Islâmicos: não há refêrencia ao seu uso no sentido religioso, mas a tradição mostra-nos que o seu perfume pode ser usado como uma referência aos mortos.

Um comentário:

Rato disse...

miki, obrigado pela tua visita.
apreciei este teu post cheiroso.
PS: isto da verificação de palavras é mesmo chato, quando não se repara, perde-se o comentário. pondera a sua utilidade. ;)