sexta-feira, 13 de junho de 2008


Hoje, o mundo está de olhos e ouvidos atentos para a situação no Tibete.

Tibetanos estão sendo cruelmente assassinados pelo exército e força especial chinesa simplesmente por protestarem por "liberdade" e "direitos humanos" na sua própria terra natal, o Tibete.

Monges, mulheres, jovens e crianças foram mortos nos protestos que se iniciaram no último 10 de março de 2008.

Uma potência mundial como a China, país que está prestes a sediar as Olímpiadas, revela-se ser um local impróprio e desmerecedor desta oportunidade de sediar tal evento mundial.

Um governo que nega o diálogo com um dos cidadãos mais respeitados do mundo, prêmio nobel da paz e exemplo vivo de compaixão, amor e consciência lúcida nos dias conturbados de hoje – o monge Dalai Lama.
Sua Santidade, o 14º Dalai Lama, líder espiritual do povo tibetano, reconhecendo a China como seu irmão, não vê um motivo real e necessário de desanexação do território tibetano da China.

Parece-nos que o Dalai Lama, como o mestre espiritual do Dharma, não vê necessidade de nos agarrarmos com unhas e dentes e nos apegarmos cegamente a uma "identidade" particular, muito menos a uma identidade de etnia e nação. Sua Santidade reconhece o facto de sermos todos seres humanos, todos buscando a felicidade.

Reconhece que todos vivemos numa mesma casa, o planeta terra.

Percebe que não somente a estabilidade do clima mundial está completamente na dependência de uma consciência e cuidado global mas também a economia, os valores humanos e a própria sobrevivência humana. Não há motivo para lutarmos uns contra os outros.

Destruir o nosso próximo é destruir a nós mesmos.

Não reconhecer que as boas condições e felicidade do nosso vizinho proporcionará uma boa relação e condições favoráveis mútuas a curto ou longo prazo é estar cego tanto num nível de bom senso humano como também num nível educacional, histórico e de uma lógica óbvia de causas e consequências inevitáveis.