quinta-feira, 13 de março de 2008

COMO O BUDISMO VÊ O AMOR



De repente, a paixão.

Uma emoção avassaladora que encobre o nosso raciocínio e nos faz perder o rumo das nossas metas, somente pela vontade de estar com a pessoa durante as 24 horas do dia, desfrutando do seu prazer e da sua companhia.

Logo, surgem planos para o futuro: de viver juntos, casar.Enfim, formar uma nova família e ser "felizes para sempre".

Mas, será esta a realidade que encontramos no nosso dia-a-dia?Quantas vezes presenciamos um casamento que se transforma em divórcio após algum tempo, ou brigas fúteis que fazem o amor desaparecer com a mesma rapidez com que surgiu?O amor real não existe quando duas pessoas estão sempre juntas, somente poderá ser estabelecido entre duas pessoas que estão seguras de sua individualidade.

Uma pessoa superficial somente terá relações superficiais.

Caso queira um verdadeiro amor, é fundamental desenvolver uma forte auto-identidade em primeiro lugar.O amor verdadeiro não está no acto de realizarmos o que a outra deseja que façamos, ou fingirmos ser o que na verdade não somos.

O amor ideal só o é realmente quando duas pessoas são, sinceras, maduras e independentes. Por esta razão, nada é mais sábio do que sermos capazes de alimentar o nosso carácter através de diligentes esforços - quer no ambiente de trabalho, na família, escola e com os nossos amigos. Desta forma, iremos alcançar um estado de vida que nos possibilita suplantar todas as adversidades e naturalmente iremos atrair as pessoas certas á nossa volta.


Daisaku Ikeda

Um comentário:

fotógrafa disse...

No dia mundial da poesia...aqui fica,

de PABLO NERUDA - 20 POEMAS DE AMOR E UMA CANÇÃO DESESPERADA

Gosto quando te calas porque estás como ausente
e me escutas de longe; minha voz não te toca.
É como se tivessem esses teus olhos voado,
como se houvesse um beijo lacrado a tua boca.
Como as coisas estão repletas de minha alma,
repleta de minha alma, das coisas te irradias.
Borboleta de sonho, és igual à minha alma,
e te assemelhas à palavra melancolia.
Gosto quando te calas e estás como distante.
Como se te queixasses, borboleta em arrulho.
E me escutas de longe. Minha voz não te alcança.
Deixa-me que me cale com teu silêncio puro.
Deixa-me que te fale também com. teu silêncio
claro qual uma lâmpada, simples como um anel.
Tu és igual a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão remoto e singelo.
Gosto quando te calas porque estás como ausente.
Distante e triste como se tivesses morrido.
Uma palavra então e um s6 sorriso bastam.
E estou alegre, alegre por não ter sido isso

Bom fds
abraço